segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Negros - origem e vinda para o Brasil


Estudos antropológicos revelam que a origem da humanidade se dá na África, portanto, a história do negro brasileiro não deve ter início com o tráfico de escravos. É uma história bem mais antiga.
Conhecer como era a vida em seu continente de origem é fundamental para entender como foi possível que milhões de homens, mulheres e crianças fossem aprisionados e trazidos nos porões de navios destinados aos nossos portos. Por isso, para compreendermos a trajetória dos negros brasileiros é preciso saber de onde vieram e como viviam.
Quando, os europeus desembarcaram no litoral africano eles se deparam com modos de vida bem diferenciado dos seus. Entre os africanos a organização social e econômica girava em torno de vínculos de parentesco em grandes famílias, da coabitação de vários povos num mesmo território, da dominação de um povo por outro. A vinculação por parentesco a um grupo era uma das mais recorrentes formas de se definir a identidade de alguém. A posição social das pessoas era dada pelo seu grau de parentesco em relação ao patriarca ou à matriarca da linhagem familiar. Nessas sociedades a coesão dependia, em grande parte, da preservação da memória dos antepassados, da reverência e privilégios reservados aos mais velhos e da partilha da mesma fé religiosa com um culto geralmente voltado a seus ancestrais.

No continente africano havia povos poderosos como os Malis, outros bem consolidados como os Kongos, mas também pequenas aldeias agrupadas por laços de descendência ou linhagem. Ainda havia os grupos nômades, agricultores ou pastores que se deslocavam dependendo sempre das condições climáticas que os obrigavam a procurar outros lugares. O território africano era muito grande em comparação a ocupação populacional. Entretanto, na tentativa de expandir seus reinos e garantir a sobrevivencia de seus povos, ocorriam muitas disputas pelos acessos aos rios e ao controle sobre estradas ou rotas, com isso podiam surgir conflitos e guerras
Na África, a escravidão era somente um domínio de um povo sobre o outro. Havia muitos confrontos e neles era muito comum que os vitoriosos fizessem alguns escravos dentre os membros de uma tribo vencida. Era a chamada escravidão doméstica, com principal objetivo de aprisionar para utilizar sua força de trabalho, em geral, na agricultura de pequena escala familiar. esse tipo de escravidão servia para aumentar o número de pessoas a serem empregadas no sustento de uma família ou da tribo. A terra de nada valia sem que se tivesse gente empregada no cultivo de alimentos. Os escravos eram poucos por unidade familiar, mas a posse deles assegurava poder e prestígio para seus senhores, já que representavam a capacidade de auto-sustentação da linhagem, nesse tipo de cativeiro se preferia mulheres e crianças. Sendo assim muito comum as escravas se tornavam esposas de seus senhores com a finalidade de reproduzirem, assim aumentanvam o número de membros da tribo. Era gradativa a incorporação dos escravos na família: os filhos de cativos, quando nascidos na casa do senhor, não podiam ser negociados e seus descendentes iam, de geração em geração, perdendo a condição de escravo, se aproximando à linhagem. Assim o grupo podia crescer, fortalecendo as relações de parentesco. Já a preferencia pelas crianças, é explicada por elas assimilarem com facilidade as regras impostas e, por criar vínculos com a família do seu senhor.
Com a ocupação dos árabes no Egito e parte do norte da África, entre os séculos VII e VIII, os raptos e os ataques a aldeias se tornaram mais freqüentes e o tráfico de escravos tomou grandes proporções. Logo, a escravidão doméstica, de pequena escala, passou a conviver com o comércio mais intenso de escravos. Os árabes usavam o tráfico de escravos como empreendimento comercial de grande escala na África. Não eram mais alguns poucos cativos, eram capturadas centenas de pessoas a serem trocadas e vendidas, negociadas tanto ao norte da África quanto na própria Arábia e, posteriormente para as Américas, incluindo o Brasil.
Trazidos em condições subumanas os primeiros negros a desembarcar em terras brasileiras foram os bacongos, tendo influenciado em nosso modo de falar, introduzindo em nosso vocabulário muitas palavras usadas atualmente como: camundongo, cafuné, bunda, mochila, que são de origem ki congo, inclusive ritmos como o samba e o maculelê. tempos depois vieram os yorubás, temperando nossa culinária e com mais ritmos frenéticos. O yorubanos foram os mais pesquisados e, os que mais preservaram sua cultura. Porém não foram os únicos, muitos outros grupos étnicos africanos contribuíram para a formação de nosso povo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quadro dos módulos (com ementas) do curso ERER

Prezados alunos ...

Foi confeccionado o quadro dos módulos (com ementas) do curso ERER.

Motivo: comprovação da realização do curso junto à SEDU.

Esse documento foi solicitado pelo pólo de Colatina à secretaria da Rede Educação para a Diversidade (Camila).

Você terá acesso a esse documento no polo UAB Colatina.

Abraço a todos e todas!

Marina

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SEMINÁRIO / AVALIAÇÃO PENDENTE / WEB CONFERENCE

Olá pessoal!

Primeiramente quero parabelizá-los pelas apresentações no SEMINÁRIO que foram MARAVILHOSAS.

Aproveito para me desculpar com aqueles que não puderam apresentar seus trabalhos devido ao horário. Seus trabalhos escritos (slides), fotos, dentre outros, serão enviados para a tutora eletrônica a fim de que sejam avaliados.

De qualquer forma, fico muito feliz que o curso tenha dado tantos frutos. Lembrem-se que agora devemos ser semeadores dessas ideias e nossa missão é espalha-las por onde formos.

Mas nosso curso ainda não terminou totalmente.

Estão lembrando que ainda temos Web Conference programadas?

Gostaria de informar que a web-conference do dia 25/07 (próxima segunda-ferira) foi cancelada. Por motivos de ordem familiar e relacionados à saúde, a Professora Mariza Soares não poderá vir à Vitória.

Mas ainda dá para aproveitar a web-conference de terça-feira com a Professora Beatriz Mamigonian. Será as 19h20m. E você é mais que convidado a participar.

Clique aqui: http://webconf.rnp.br/uab_ufes

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Também gostaria de lembrá-los que o Instituto Histórico e Geográfico de Colatina está convidando a população de Colatina e região a participar deste nobre projeto pela preservação dos símbolos de nossa memória.

Se você quer participar desse projeto, entre em contato com o instituto pelo site: www.ihgc.com.br

Caso você não queira participar diretamente do instituto mas tem algum material interessante: fotos interessante, antigas ou atuais de sua cidade,  poesias, histórias de família que queria ver publicadas, ilustradas, no site entre em contato também pelo FALE CONOSCO. Nossa história merece ser contada e preservada.
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Caso você ainda tenha alguma atividade pendente, o último prazo para envio é até o dia 15 de agosto. Segundo a tutora à distância, Mariza Barros, a avaliação pode ser enviada para o e-mail dela: izabrvitoria@hotmail.com.

As questões dos fóruns são 09. As questões da avaliação são 04. Não deixe de enviar, pois como explicou a professora Adriana Campos no dia do Seminário, quanto maior for a demora dos colegas em enviar todas as atividades, mais pode demorar a chegada dos certificados.

As questões da avaliação são:

QUESTÃO 1 – No texto “A Escravidão Atlântica”, Mariza Soares identifica novas perspectivas de estudo sobre a escravidão atlântica no Brasil. Com base nesse debate, comente como a nova temática contribuiu para a renovaçãodo ensino sobre a escravidão.


QUESTÃO 2 - Carlos Engemann afirma que o açoite não pode ser caracterizado como o único mecanismo existente nas relações entre senhores e escravos. A partir dessa assertiva, explique como a ampliação da visão sobre a escravidão permitiu melhor compreensão das relações escravistas no Brasil.

QUESTÃO 3 -No capítulo “Os escravos como protagonistas de sua própria liberdade”, Geraldo Antonio Soares analisa os sentidos da liberdade para escravos residentes na Província Capixaba. A partir dessa abordagem,comente os fatores positivos da inserção do negro como protagonista da sua própria história e como esse tipo de estudo pode contribuir para o ensino da História da escravidão e do Espírito Santo.

QUESTÃO 4 – Com base no texto ' Paisagens, cenários e memórias', explique como a construção de memórias sobre o processo de emancipação produziu uma imagem idealizada sobre o abolicionismo e comente os reflexos dessa questão no ensino da História.


As questões do fórum são:
TEXTO 01
No texto “A Escravidão Atlântica”, Mariza Soares identifica novas perspectivas de estudo sobre a escravidão atlântica no Brasil. Com base nesse debate, comente como a nova temática contribui para a renovação do ensino sobre a escravidão.

TEXTO 02
Carlos Engemann afirma que o açoite não pode ser caracterizado como o único mecanismo existente nas relações entre senhores e escravos. A partir dessa assertiva, explique como a ampliação da visão sobre a escravidão permitiu melhor compreensão das relações escravistas no Brasil.

TEXTO 03
Com base no texto e destacando a importância da constituição de famílias escravas na sociedade escravista brasileira, disserte sobre como os grandes senhores brasileiros buscaram se preparar para o eventual término oficial do fluxo a fim de manter a instituição escravista.

TEXTO 04
No texto “Os escravos como protagonistas de sua própria liberdade”, Geraldo Antonio Soares analisa os sentidos da liberdade para escravos residentes na Província Capixaba.A partir dessa abordagem, comente os fatores positivos da inserção do negro como protagonista da sua própria história e como esse tipo de estudo pode contribuir para o ensino da História da escravidão e do Espírito Santo.

TEXTO 05
Com base na leitura do texto “As Guerras Atlânticas entre europeus e africanos na Era Moderna”, comente as disputas comerciais envolvidas nesses conflitos, bem como as formas de participação dos africanos.

TEXTO 06
Explique porque na abordagem do colonialismo europeu na África é preferível a utilização da expressão “expansão europeia”.

TEXTO 07
Explique como o processo abolicionista iniciado pela Inglaterra repercutiu e se desenvolveu nos três países abordados no texto: Brasil, Cuba e Estados Unidos .

TEXTO 08
Com base no texto, explique como a construção de memórias sobre o processo de emancipação produziu uma imagem idealizada sobre o abolicionismo e comente os reflexos dessa questão no ensino da História.

TEXTO 09
Explique a assertiva: “Coube à literatura, portanto, atuar como um dos elementos de sustentação da unidade nacional” (DUTRA, 2011, p.100).

Abraço a todos e mais uma vez parabéns!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

AVALIAÇÃO MÓDULO IV E APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO / CONFRATERNIZAÇÃO



Os alunos deverão postar as respostas das questões propostas na avaliação até no máximo terça-feira, dia 12/07/2011, até às 24h55. Basta anexar a resposta em arquivo word!

Nas respostas deverão constar: a) nome completo; b) polo; c) tutor presencial.
Não será possível atribuir nota se não houver identificação.
QUESTÃO 1 – No texto “A Escravidão Atlântica”, Mariza Soares identifica novas perspectivas de estudo sobre a escravidão atlântica no Brasil. Com base nesse debate, comente como a nova temática contribuiu para a renovaçãodo ensino sobre a escravidão.

QUESTÃO 2 - Carlos Engemann afirma que o açoite não pode ser caracterizado como o único mecanismo existente nas relações entre senhores e escravos. A partir dessa assertiva, explique como a ampliação da visão sobre a escravidão permitiu melhor compreensão das relações escravistas no Brasil.

QUESTÃO 3 -No capítulo “Os escravos como protagonistas de sua própria liberdade”, Geraldo Antonio Soares analisa os sentidos da liberdade para escravos residentes na Província Capixaba. A partir dessa abordagem,comente os fatores positivos da inserção do negro como protagonista da sua própria história e como esse tipo de estudo pode contribuir para o ensino da História da escravidão e do Espírito Santo.

QUESTÃO 4 – Com base no texto ' Paisagens, cenários e memórias', explique como a construção de memórias sobre o processo de emancipação produziu uma imagem idealizada sobre o abolicionismo e comente os reflexos dessa questão no ensino da História

Nosso Seminário ocorrerá dia 22 de julho. Nele os alunos apresentarão trabalhos realizados na escola com a presença dos professores da Ufes, da tutora à distância, Mariza Barros e outras autoridades como a coordenadora do Polo UAB Colatina, Hilda Rozeane Ronchetti. Receberão convites para o encerramento do curso, a Secretária de Educação Municipal, a superintendente de Educação (Estadual), os vereadores da Câmara Municipal e o prefeito municipal.


Lembrem-se que todos os alunos devem se organizar previamente para a apresentação dos seminários e trazer, no dia, alguma comida ou bebida típica, seja de origem africana, indígena ou mesmo afro-brasileira. 

Preciso organizar o seminário, as apresentaçães então conto com a colaboração de todos. Peço que enviem para o meu e-mail (thebaldi.marina@gmail.com) o seguinte questionário preenchido:

Nome do(s) participante(s) de seu grupo:
Localidade dos participante(s):
Tema a ser apresentado:
Breve resumo da apresentação:
Material a ser apresentado: (Ex. slides, máscaras africanas, desenhos feitos pelos alunos, etc.) 
Comida ou bebida que (cada um) irá trazer no dia:
Em caso de haver apresentação de slides, peço que coloque em anexo esses slides para que eu possa preparar a apresentação que será exibida no dia.

Atenção: a responsabilidade pela comida será individual e não do grupo.


Lembrem-se que as apresentações não podem ser extensas devido ao pouco tempo que teremos, por isso peço que se preparem para uma fala em torno de 5 minutos por grupo.

 Abraço,
Marina

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reportagem do Domingo Espetacular


Domingo, 15 de maio de 2011


Domingo Espetacular vai até a África saber mais sobre a história da escravidão